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Recordação nociva

E mais uma vez fui embriagada pelos  seus encantos. Mais uma vez me encontro perdida nos vãos de cada  pensamento seu. Me engano a cada momento em que creio que você irá mudar. De que agora será diferente. Insisto no erro como se não o conhecesse. Sendo que o conheço de tal forma, que poderia considerá-lo um antigo companheiro. Assim sigo caminhando  como se não o visse ao meu lado, tentando ignorar a proposta que mais me tenta: Você.
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Velhas amigas

Creio que a decepção e eu já somos velhas amigas. Porém, ela sempre insiste em me visitar sem aviso. Traz consigo pessoas que nunca imaginei que a acompanhariam. E toda vez, quando vai embora, faz com que eu esqueça que esteve aqui e acredite novamente nas pessoas. E o ciclo se repete viciosamente. O conhecer, o confiar, o se decepcionar. E o tempo faz com que todas as decepções antigas permaneçam no passado para que novas possam chegar. Como se essas fossem algo inevitável, que já está certo de acontecer. Torço apenas para que um dia ela esqueça meu endereço, ou se mude para outro lugar. E que dessa vez, o inquilino não seja meu coração.

Recuperação graduada

E hoje já não sou mais a garota que você deixou para trás. Já não há sequer nenhum resquício seu arruinando meu coração. Nada aqui que pertença à você. Só resta o incômodo da perda. A dúvida pelo futuro inexistente. O temor por me deparar com a sua presença. Só espero que essas sejam as últimas coisas que eu tenha que me preocupar à seu respeito. Que todo sonho que  desorienta as minhas noites sumam de uma vez. Que o seu nome se apague em alguma ocasião. E que eu siga não sendo a mesma garota.

Escassez de você

E por mais admirável que seja eu ainda me pego sentindo a sua falta. Lembrando dos seus gestos repentinos de afeição, Da mão que percorria o meu corpo, Do sorriso que tocava a minha alma, Das palavras que me inundavam. E hoje nada disso mais existe. Tudo se transfigurou a uma mera ilusão. O sonho que me incendiava, Se transformou na angústia que atormenta o meu ser. O amor se tornou saudade. A vontade, algo inexequível. E dessa forma, vou moldando pouco a pouco o que restou de você em mim.

O sentimento perdido

E por um instante, Um mísero instante, Houve reciprocidade. Houve uma chama. Houve amor. Mas o medo intrínseco no seu coração fez com que tudo tivesse fim. Que as palavras não ditas fossem jogadas ao vento, Que cada afago fosse esquecido ao caminhar, Que cada olhar fosse se esvaindo, Deixando que o que restasse fosse apenas dor. Tudo isso por um medo sem razão. Por receio de sofrer em demasia. Por  não querer deixar de viver um momento de prazer. Pelo simples fato de destruir algo que você nunca teve, mas temia, O tão sonhado amor.

Erros não pertencentes

Há algum tempo fiz um combinado comigo mesma De que não me lamentaria mais pelos erros dos outros. Pelos erros cometidos em minha vida, Comigo, Ou em minha presença. Que não iria mais me lastimar pela responsabilidade de culpa alheia, Pela mão que me apunhalou, Pela palavra que me atravessou. Cansei de sentir exageradamente pelos demais Sem ao menos ter uma contribuição no próprio ato errôneo.

Reconhecer-se

Intensidade, Talvez seja a palavra que a defina. Ela pensa demais, Fala demais, E talvez cometa o erro de sentir demais. Mas não que isso seja um defeito. Pois deixar-se inundar em um mar de sentimentos nunca é ordinário. Ela permitiu-se amar demais. E só. Provavelmente sua melhor escolha tenha sido a de abraçar cada sentimento que lhe cabe ao peito.